Alerta
Acidentes de trânsito disparam no Rio
Em oito meses, números já superam os anos de 2021 e 2022

Os acidentes de trânsito no Rio de Janeiro seguem em alta e, apenas nos oito primeiros meses de 2025, já ultrapassaram os números registrados durante todo o ano de 2022. Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, entre janeiro e agosto foram registrados 20.201 mil sinistros, superando os 19.625 casos de 2022 e os 13.965 de 2021 e se aproximando dos 24.793 de 2023.
Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (22) pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, durante o seminário “A violência no trânsito e seus indesejáveis efeitos”, promovido pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), como parte da programação da Semana Nacional do Trânsito.
Tendência de crescimento
O cenário confirma uma tendência de crescimento acentuado nos últimos cinco anos:
- 2021: 13.965 acidentes
- 2022: 19.625 (+40%)
- 2023: 24.793 (+26%)
- 2024: 32.401 (+30%)
- 2025 (até agosto): 20.201
Quedas de moto
O aumento do número de motocicletas circulando na cidade é apontado como um dos principais fatores para a escalada dos sinistros.
As quedas de moto, em particular, mais que dobraram em quatro anos: de 5,8 mil registros em 2021 para 12,4 mil em 2024.
Segundo Soranz, os acidentes com motociclistas têm gerado forte pressão sobre a rede pública de saúde: “Temos dezenas de pessoas internadas precisando de cirurgia ortopédica e não conseguimos atender todos. O número de vítimas cresce em proporções assustadoras”.
O secretário também comparou o impacto da violência no trânsito com outras causas de mortalidade. De acordo com ele, a taxa de mortes provocadas por sinistros no trânsito, quando analisada por grupo de 100 mil habitantes, chega a ser dez vezes maior do que a causada pela dengue.
Qual a solução?
Para tentar conter a escalada dos acidentes, o município implementou um Plano de Segurança Viária, coordenado por uma comissão formada por 11 órgãos e liderada pela Secretaria Municipal de Saúde. A meta é reduzir pela metade o número de mortes no trânsito até 2030, alinhando-se às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Metas estabelecidas:
> Redução de 50% nas mortes no trânsito até 2030;
> Redução de 30% nas internações hospitalares de motociclistas;
> Requalificação de 60 cruzamentos críticos até 2026:
> Aumento de 40% nos pontos de controle de velocidade até 2027:
> Campanhas educativas em 100% das escolas municipais até 2028.
Além das vítimas fatais, o secretário destacou o número crescente de pessoas com sequelas permanentes e amputações resultantes dos acidentes. “O custo social é altíssimo para as famílias, para os indivíduos e para toda a sociedade”, disse Soranz.


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