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    Reencontro

    Rock in Rio e o 'boom' na economia com mais de 500 mil turistas

    Mercado deve ser aquecido em até R$ 1,7 bilhão com o evento

    Publicado 02/09/2022 às 16:45 | Atualizado em 03/09/2022 às 11:29 | Autor: Ezequiel Manhães
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    Com capacidade para receber até 700  mil pessoas por dia de evento. A organização do festival já comemora os lucros
    Com capacidade para receber até 700 mil pessoas por dia de evento. A organização do festival já comemora os lucros |  Foto: Riotur / Divulgação

    A festa do 'Reencontro' já começou no Rio de Janeiro, graças ao Rock in Rio, que abriu os portões ao público nesta sexta-feira (2) e segue até o próximo domingo, nesta primeiro final de semana de festival. Mais um fôlego para a economia, além de marcar o reinício de grandes festivais com participação de público em massa na cidade. 

    A expectativa é que só o RiR movimente a economia carioca em cerca de R$ 1,7 bilhão - com 500 mil pessoas de fora da cidade. Algo em torno de 30 mil empregos, entre diretos e indiretos, estão na contabilidade da prefeitura carioca.

    Os dados foram revelados ao ENFOCO pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, com base em recente estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Em nota a organização do RiR lembra que todos esses profissionais fazem diferença para o espetáculo.

    O incremento no caixa se dá por meio da rede hoteleira, comércio e pontos turísticos, já que mais de 60% do público são turistas de fora da cidade.

    Até ponto facultativo foi decretado nas repartições públicas da capital para celebrar um ano do início da flexibilização das medidas restritivas adotadas por conta da Covid-19 e o fim das proibições mais severas.

    Festejos como o réveillon 2023, inclusive, também já foram anunciados no Rio, a exemplo de Niterói, na Região Metropolitana. 

    Sem preocupação

    Ambiente aberto proporcionado pelo festival dificulta possibilidade de transmissão
    Ambiente aberto proporcionado pelo festival dificulta possibilidade de transmissão |  Foto: EBC

    Com capacidade para abrigar até 700 mil pessoas durante todos os dias de evento. Quem for assistir aos shows, não precisa se preocupar no quesito sanitário, apesar da pandemia não ter chegado ao fim.

    Por conta do avanço vacinal, é seguro estar no ambiente, garante o médico infectologista André Ricardo Araujo da Silva, mestre em doenças infecciosas e parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    "Atualmente estamos numa situação de equilíbrio. Então, a gente já está saindo da sazonalidade de vírus respiratórios. Esses festivais que acontecem em grandes espaços, em lugares abertos, nesse momento, mesmo com a gente recebendo pessoas de outros municípios, de outros estados e até de outros países, há uma possibilidade menor de disseminação de doenças respiratórias", revela ao ENFOCO.

    O especialista aborda, ainda, o fato da Cidade do Rock ser ventilada. "Justamente pela área do Rock in Rio ser muito ventilada, ter um fluxo de vento constante, o risco não é grande não, pelo contrário", enfatiza.

    Recomendação

    A recomendação médica para todos os participantes do RiR é optar por uma boa alimentação, considerando a intensa maratona de shows. 

    "Se manter hidratado e ter uma boa alimentação. Evitar, na medida do possível, ingerir muita bebida alcoólica, porque é nesse momento que a pessoa fica mais vulnerável a trocar o copo. E aí eventualmente a pessoa que possa ter algum quadro respiratório, através desse compartilhamento, acaba passando alguma virose pra esse outro indivíduo", diz o médico André Ricardo (UFRJ).

    Mas e a Varíola dos Macacos?

    Doença viral pode ocorrer a partir de contato com o infectado quando o vírus estiver ativo
    Doença viral pode ocorrer a partir de contato com o infectado quando o vírus estiver ativo |  Foto: OMS

    Também foi descartada pelo especialista a possibilidade de transmissão da varíola dos macacos no Rock in Rio. Até o início da semana, os casos confirmados passaram de 600 em todo o estado do Rio.

    Monkeypox é uma doença viral e sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com um animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus.

    O vírus também pode infectar as pessoas através de fluidos corporais, contato com a lesão ou contato indireto com o material da lesão. Importante ressaltar que, embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais..


    "Normalmente a forma de transmissão é pelo contato prolongado com a ferida da pessoa durante a fase ativa. Então, precisa de um contato bem próximo, pra isso acontecer. E até existe a forma de transmissão por gotícula, mas, também, deve ser num ambiente confinado, num ambiente do domicílio que um portador sintomático esteja coabitando com a pessoa", explica o especialista.

    Economia

    Entre os maiores festivais de música do mundo, o retorno do Rock in Rio acontece após um hiato de três anos. A prefeitura está em polvorosa com o aquecimento do mercado de trabalho e o fortalecimento da atividade econômica.

    Segundo o Executivo, 'a taxa de desemprego do Rio recuou para um dígito, nível que não se encontrava desde o final de 2016. Atualmente, está em 9,6%, com uma recuperação mais rápida do que a do Brasil'.

    Um dos primeiros eventos do estado Rio e do Brasil, o RiR está autorizado sem restrições sanitárias. O último carnaval foi limitado apenas aos desfiles na Marquês de Sapucaí, com proibição de blocos de rua.

    Emprego

    A reportagem apurou que, de forma geral, considerando também as oportunidades indiretas, já foram mais de 140 mil novos empregos criados no Rio em um ano e meio, entre janeiro de 2021 e junho de 2022.

    O setor de serviços, segmento mais importante para a economia carioca e o que mais emprega a população, foi o mais afetado com a pandemia, e é o mais beneficiado pela retomada. Isso explica muita coisa.

    Desde o começo de 2022 a atividade econômica já voltou ao mesmo nível de pré-pandemia, conforme garante a gestão de Eduardo Paes (PSD).

    Maratona

    Serão 250 shows, os 670 artistas e as 500 horas de experiência no Rock in Rio — até mesmo debaixo de chuva — isso porque, segundo o Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), para o terceiro dia de apresentações, neste domingo (4), dia do headliner Justin Biber, a previsão é de show com chuva.

    Atrações como Demi Lovato, Iza e Jota Quest também sobem ao palco. O festival em si acontece nestes dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. 

    Trânsito

    Em todo o entorno do Rock in Rio a de circulação será restrita. Não haverá estacionamento na Cidade do Rock.

    Para esta edição, foi criado o serviço de fretamento de ônibus (Serviço Especial Rock Express) sob a responsabilidade dos organizadores do Rock In Rio, que utilizará a calha do BRT, para levar os participantes até ao local dos shows. 

    Apenas moradores credenciados serão liberados para atravessar os pontos de bloqueios. Estão programadas diversas interdições no trânsito, no perímetro do Parque Olímpico, em todos os dias de evento. 

    Como por exemplo, entre 14h e 6h, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, no trecho entre a Estrada Arroio Pavuna e Avenida Salvador Allende.

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