Esperança

'Um milagre', diz avô sobre alta de menina baleada na cabeça

Alice Rocha ficou mais de um mês internada

Alice Rocha ficou mais de um mês internada.
Alice Rocha ficou mais de um mês internada. |  Foto: Redes sociais
  

A menina Alice Rocha, de quatro anos, baleada na cabeça durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais civis na Taquara, na Zona Oeste do Rio, recebeu alta do Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio, nesta segunda-feira (11). Ela ficou internada na unidade por mais de um mês.

Ao ENFOCO, o enfermeiro Sandro Mariano, avô da menina, informou que a melhora foi vista como um milagre pela família e contou que terá uma comemoração para marcar esta data.

Estamos muito felizes. Com certeza foi um milagre. Até os médicos não conseguiram explicar a evolução dela. Falaram que foi acima do esperado. Hoje é só comemoração. Sandro Mariano, Avô
  

Além da melhora de Alice, a família também tem um outro motivo para festejar: a criança terá um irmão, pois a mãe Andressa Silva está grávida de quatro meses. 

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Durante o tempo internada, a criança passou por diferentes cirurgias no Miguel Couto. Ela chegou a ficar em coma por alguns dias após ter sido baleada enquanto comprava pipoca próximo a sua creche, conforme divulgado pela própria avó Elaine Rocha. 

Andressa Silva, mãe de Alice, publicou um vídeo nas redes sociais quando a criança completou um mês internada. Na gravação, a menina apareceu dando os primeiros passos após ser baleada na cabeça. Após o crime, Alice mostrou sinais positivos rapidamente como deixar de respirar por aparelhos e mexer os braços e as pernas após ficar em coma.

Meu milagre. Andressa Silva, Mãe
  

Relembre o caso

Alice foi atingida no dia 1 de junho após comprar pipoca próximo à Creche Municipal Criança do Futuro, onde estudava. Segundo a Polícia Civil, houve tiroteio próximo ao local onde a criança estava.

Na data, policiais da da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) foram verificar uma denúncia de extorsão no bairro. Os policiais civis envolvidos afirmaram em depoimento que somente um deles fez disparos na direção dos pneus do carro em que os suspeitos estavam. 

Em depoimento prestado à polícia, os três agentes da Draco informaram que estavam descaracterizados para investigar uma denúncia de milicianos que atuavam na região, intimidando comerciantes. Os policiais localizaram o acusado na rua da Creche, local que possui vias estreitas. Numa tática de precaução, os agentes perseguiram o homem.

Somente quando o carro do criminoso parou na Rua André Rocha, uma das principais vias da região, e um dos passageiros desceu para realizar a cobrança no comércio local, que os agentes decidiram fazer a abordagem.

O policial que estava no volante parou atravessado, o carona e o que estava no banco de trás saltaram e informaram a prisão. Numa tentativa de fuga, um dos milicianos que estava armado começou a disparar contra os policiais. Os três agentes portavam fuzis, mas somente um deles disparou e, segundo o depoimento, no pneu do carro dos criminosos.

O depoimento relata que um dos agentes afirmou ter disparado com o fuzil cinco vezes contra o pneu do carro de Neguinho do Gás, que perdeu o controle do veículo e terminou capturado ao tentar fugir a pé. O outro conseguiu escapar.

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