Crime
Justiça mantém prisão de envolvidos na morte de policial no Rio
Quatro homens são acusados de matar e sequestrar perito
O Tribunal de Justiça do Rio, (TJ-RJ), através do juiz Rafael de Almeida Rezende converteu na tarde desta segunda-feira (16) em preventiva a prisão em flagrante dos quatro acusados pela morte do papiloscopista da Polícia Civil Renato Couto, morto na última sexta-feira (13).
Os três militares da Marinha e o dono de um ferro-velho localizado na Mangueira, na Zona Norte do Rio, são acusados de armar uma emboscada para a vítima, após uma discussão sobre roubo de peças e materiais de obra.
De acordo com o inquérito, Renato vinha sendo constantemente furtado em uma obra na Tijuca, e, por conta própria, começou a investigar. Ele encontrou parte do material em um ferro-velho na Radial Oeste e outras peças em outro ferro-velho na Praça da Bandeira.
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Ao tentar negociar o ressarcimento, como sugerido e arranjado, ele foi cercado e agredido pelo grupo, que o colocou numa van da Marinha e depois o arremessou de uma ponte no Rio Guandu, onde seu corpo foi encontrado nesta segunda-feira (16).
Segundo o processo, os acusados levaram o veículo até um lava-jato para limpar os vestígios de sangue.
Na decisão, o magistrado destaca que os custodiados, presos após investigações, confessaram, de forma qualificada, o crime. De acordo com os depoimentos prestados na delegacia, Renato, dentro da van, se identificou como policial civil e pediu para ser levado ao hospital, o que foi negado.
"Destaque-se o motivo fútil e a aparente premeditação do crime, cometido de forma brutal e covarde. Segundo o relato da testemunha presencial, mesmo após a vítima já se encontrar ferida por PAF e quase desfalecida, o dono do ferro-velho ainda lhe desferiu diversos golpes e, diante de um último esforço para evitar ser levado, o policial foi atingido por outro disparo realizado e, em seguida, colocado no interior do veículo com o auxílio dos demais custodiados", ressaltou na decisão.
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