Abuso

Sequestrador admite que beijou e acariciou menina de 12 anos

Ele falou sobre isso para a Polícia do Maranhão

A menina retornou ao Rio na quinta-feira (16) e está com sua família
A menina retornou ao Rio na quinta-feira (16) e está com sua família |  Foto: Marcelo Eugênio
 

A menina de 12 anos que foi sequestrada no Rio e levada para o Maranhão teria sido beijada e acariciada pelo suspeito Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos. Ele afirmou isso em depoimento e, segundo informações do O Globo, ele teria dito também que teve uma ereção, mas não teve relações sexuais com ela. O rapaz foi preso na terça-feira (14), mesmo dia em que a menina foi resgatada em uma quitinete no Maranhão, onde ele a mantinha trancada enquanto ia trabalhar. 

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Eduardo, que foi preso em flagrante, passou por uma audiência de custódia no Maranhão, na quinta-feira (16), mesmo dia em que a menina retornou para o Rio depois de ser encontrada pela polícia, e foi solto. Ele está sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica. 

"Ficou claro para mim que ela se apegou emocionalmente a ele. A menina não tem ideia da gravidade do que aconteceu. Ela resolve pedir ajuda a irmã e tenta mandar mensagem logo assim que chega no Maranhão, quando encontrou no celular dele imagens de outras mulheres. Nesse momento, ela percebe que não era única e que eles não viviam um romance. Outro ponto importante é quando ele sai para trabalhar e a deixa trancada em casa, sem televisão e sem fogão para cozinhar. Naquele momento, ela começou a entender que ele a estava mantendo como prisioneira", disse a delegada após ouvir o depoimento da vítima. 

O caso 

A menina saiu de sua casa, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, no dia 6 de março e se encontrou com Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, por vontade própria, segundo a própria vítima. Os dois se falavam há dois anos por um aplicativo de compartilhamento de vídeos. O acusado veio até o Rio para encontrar com ela e buscá-la. Ele chegou a pagar R$ 4 mil para viajar com ela até São Luís, no Maranhão, em um carro de aplicativo. A menina disse que foi com ele por vontade própria, mas não sabia em que condições ficaria quando chegasse lá. 

Ele passou a viver com ela em uma quitinete e a deixava trancada quando ia trabalhar. Ele pegou o celular dela e deu um outro para a jovem que continha um aplicativo espião. Com isso, ele conseguia monitorá-la e ver com quem ela falava. A menina conseguiu pedir ajuda para a irmã pelo Instagram dias depois, quando foi com o acusado até uma loja comprar roupas. Ela usou o Wi-Fi do local. Ela disse que percebeu que havia sido sequestrada quando passou a ficar trancada em casa sem fogão para que pudesse comer e sem televisão. 

O homem foi preso depois que a Polícia Civil do Maranhão conseguiu localizar a menina na quitinete em que ela estava. A menina disse que o homem fez uma identidade falsa para que ela viajasse. No documento, a menina teria 16 anos e não 12 anos como é na realidade. O documento, no entanto, ainda não foi encontrado. 

No Maranhão, ele já possui um inquérito aberto onde é investigado por sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável (quando é cometido um ato sexual com alguém menor de 14 anos). Os crimes cometidos pelo homem serão apurados pelas polícias dos dois estados. 

A Polícia do Rio quer encontrar o motorista que fez a corrida para ele até o Maranhão. Ele será ouvido e deve ser indagado se sabia ou não que o maior estava levando a menina para morar com ele. 

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