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    'Botão do pânico' será criado para prevenir feminicídios no Rio

    Casos de violência contra mulher marcaram os últimos dias no Rio

    Publicado 29/07/2022 às 10:14 | Autor: Saulo Junior
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    Tenente-coronel Claudia Moraes à esquerda e delegada Gabriela Von Beauvais à direita
    Tenente-coronel Claudia Moraes à esquerda e delegada Gabriela Von Beauvais à direita |  Foto: Marcelo Eugênio

    Depois de, ao menos, três casos de mulheres assassinadas nesta semana, o governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou 10 novas medidas de combate e prevenção contra o feminicídio, entre elas a criação de um 'botão de pânico' que poderá ser acionado pelas vítimas diretamente no aplicativo da Polícia Militar. O anúncio foi feito no Palácio da Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio nesta quinta-feira (28).

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    Como forma de resposta à trágica semana, a tenente-coronel da Patrulha Maria da Penha, Cláudia Moraes, informou que haverá mudanças significativas no aplicativo da Polícia Militar, que serão voltadas para o atendimento à mulheres em situação de violência doméstica.

    "A violência contra a mulher é o principal motivo de acionamento emergencial da PM. Por isso, iremos lançar uma botão do pânico para as vítimas de violência em nosso aplicativo. Os PMs poderão se deslocar diretamente para o endereço onde está a vítima", esclareceu. 

    Claudia Moraes em entrevista coletiva nesta quinta-feira
    Claudia Moraes em entrevista coletiva nesta quinta-feira |  Foto: Marcelo Eugênio

    Cláudia Moraes também explicou o motivo de haver necessidade de ser criado um botão do pânico mesmo havendo o número emergencial da PM (190) e o núcleo de atendimento à mulher (180). 

    Aspas da citação
    Muitas vezes o telefone da vítima é alvo do agressor. Muitas vezes eles observam o aparelho e possíveis tentativas de contato. O botão permitirá um acionamento discreto
    Cláudia Moraes tenente-coronel
    Aspas da citação
      

    O atendimento dos profissionais em delegacias em casos de violência contra a mulher também foi discutido. A delegada Gabriela Von Beauvais, que é diretora geral do departamento de proteção e atendimento à mulher (DGPAM), explicou que a Polícia Civil também implementou mudanças para melhorar o acolhimento das vítimas.

    Aspas da citação
    Estamos capacitando os profissionais e criando núcleos de atendimento feminino dentro das delegacias
    Gabriela Von Beauvais delegada
    Aspas da citação
      

    A delegada também garantiu que o órgão está investindo em um centro de estudos e pesquisas relacionado à violência contra a mulher, além de núcleos de feminicídios em delegacias de homicídios.

    Aspas da citação
    É o estado do Rio de Janeiro garantindo que não aceita o crime de violência contra a mulher no Rio de Janeiro. Tolerância zero
    Gabriela Von Beauvais delegada
    Aspas da citação
      
    Gabriela Von Beauvais durante entrevista coletiva nesta quinta-feira
    Gabriela Von Beauvais durante entrevista coletiva nesta quinta-feira |  Foto: Marcelo Eugênio

    A delegada também ressaltou que foram registrados 55 crimes de feminicídio no estado do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2022

      

    Ela também destacou que em apenas 18% dos casos havia registro anterior contra o agressor. Por isso, ela pede que qualquer vítima deste tipo de violência faça o registro. O governador Cláudio Castro não esteve no local. 

    Marcaram a semana 

    Ysabelli de Souza, de apenas 18 anos, foi encontrada morta e sem roupas na estrada dos Cajueiros, em Maricá, nesta terça-feira (26). Ele ficou desaparecida por uma semana. 

    Durante o enterro de Ysabelli, sua mãe, Lucimara Dias, informou que foi em uma delegacia logo que sua filha parou de responder às suas mensagens. Ela ainda pediu uma resposta das autoridades sobre o ocorrido. 

    Mulheres da cidade também se uniram nesta quinta-feira (28), pedindo justiça sobre o caso

    Ysabelli posando em foto no carro
    Ysabelli posando em foto no carro |  Foto: Rede social

    Já Sarah Jersey Nazareth, de 24 anos, foi morta na terça-feira dentro de um apartamento em Santa Teresa, na Zona Central do Rio. Seu ex-companheiro é o principal suspeito do crime e foi preso por agentes do Projeto Segurança Presente. 

    Letícia Dias Santana, de 27 anos, foi morta também na terça-feira, dentro da Associação de Moradores de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Assim como no caso de Sarah, o principal suspeito é seu ex-companheiro. De acordo com testemunhas, o crime aconteceu enquanto o homem cuidava dos filhos do casal.

    Letícia em foto para rede social
    Letícia em foto para rede social |  Foto: Rede social

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